Com soluções ecologicamente corretas, a nova sede da Fapemig se transforma em laboratório de sustentabilidade para cientistas e pesquisadores do estado
À primeira vista, o moderno prédio inaugurado na Avenida José Cândido da Silveira, no bairro Horto, é apenas a nova sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Mas, por trás dos blocos de concreto e vidro, há um projeto que combina arquitetura inteligente e soluções ecologicamente corretas para fazer do edifício uma referência como obra sustentável. A principal inovação é a disposição das construções em semicírculo, o que permite a melhor circulação de ar entre os vãos livres e diminui a incidência de sol nas áreas internas. Outro destaque é a usina fotovoltaica com capacidade para gerar 20% da energia elétrica consumida por meio de captação da radiação solar. "A missão da Fapemig é incentivar a inovação, e a nossa sede foi concebida para ser, ao mesmo tempo, vitrine e laboratório para os pesquisadores", diz o chefe de gabinete Ricardo Luiz Guimarães. Em uma área de 10.000 metros quadrados, o complexo reúne quatro blocos administrativos já em funcionamento e um centro de convenções que será inaugurado no segundo semestre de 2015. Ao todo, foram investidos mais de 55 milhões de reais. A mudança da Fapemig do bairro São Pedro para o Horto faz parte do programa Cidade da Ciência e do Conhecimento. A iniciativa prevê a integração, em um terreno com 1 milhão de metros quadrados, de várias instituições ligadas à tecnologia e à inovação. DE BEM COM O VERDE Confira detalhes do projeto feito para não agredir o meio ambiente
- O sistema de ar condicionado (foto acima) usa um gás ecológico que não produz poluentes nem compromete a camada de ozônio. - Os vidros das janelas receberam tratamento especial para filtrar raios ultravioleta e amenizar a temperatura. - A água de chuva captada em reservatórios no teto é usada para irrigação, limpeza e descarga dos banheiros. - Um espelho-d’água instalado no térreo ajuda a reduzir a temperatura e controlar a umidade do ar. - Painéis captam a radiação solar e produzem energia elétrica em uma usina fotovoltaica capaz de suprir até 20% da demanda. - Todos os ambientes têm sensores que identificam a iluminação natural e reduzem o consumo de energia nas lâmpadas.